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Once Upon a Time...

Aqui o jogador tem finalmente a chance de conhecer pacificamente o ambiente em que esteve este tempo todo à margem da maldade humana e dos medos da própria memória. Andando pelo orfanato finalmente podemos saber o que Jennifer leva daqueles dias para o seu novo amanhã, e vemos que apesar do sofrimento, algumas coisas valeram a pena.

Ela encontra coisas relacionadas a todos os personagens, mesmo os pequenos como Olivia e Thomas, e faz um comentário sobre. Com quase todas as meninas, exceto Diana, ela termina seu comentário com um ‘‘Poor *nome da personagem*’’, neste processo até a Wendy é ‘‘perdoada’’, com Jennifer reconhecendo seu sofrimento por estar sempre sozinha.

Então, após todas as memórias resgatadas, nos dirigimos ao Brown, e lá Jennifer no quadro escreve... ‘‘Para todo sempre amor eterno, eu sou sua’’.Isso deixa meio explícito que Jennifer reconhece Brown como sua mais preciosa lembrança e a que mais necessita ser protegida, por isso ela o tranca no quarto onde o encontrou e faz a promessa ‘‘Eu vou te proteger... até que eu morra! ’’ E nisso vemos que finalmente Jennifer está preparada para seguir em frente...

Mas bem, é 1940 e a Segunda Guerra Mundial tá aí... Complicado, né?

Minhas considerações sobre os personagens:

Após um longo tempo pensando sobre os personagens e o final desse jogo, eu fiquei um bom tempo me questionando:

‘‘Existem vilões nesta história? ’’

De começo eu cheguei à conclusão de que não, não existem vilões, hoje eu vejo como um conceito relativo e que é impossível formular uma escala de quem é mais vilão ou menos vilão pois cada um teve sua interpretação da história e levou em conta os crimes de cada um. Por exemplo, aparentemente Jennifer vê como maior vilã a Diana, pois esta é a única que não recebe seu ‘‘perdão’’ dentre a Aristocracia, e o Hoffman pelos abusos e por ter abandonado as crianças sozinhas. Mas eu já vi uma pessoa dizendo que a mais imperdoável é a Amanda pela sua personalidade fraca, mas ao mesmo tempo cheia de ódio e egoísmo. Ele gostava mais da Eleanor e achava que a Diana reconhecia os erros, mas não os demonstrava para as pessoas (Asuka feelings) ... E eu que na verdade sinto pena de grande parte deles. Talvez para mim o vilão foi o Hoffman por deixar as coisas chegarem a esse ponto sem fazer nada e ainda se aproveitar de crianças indefesas que já sofrem pelo simples fato de não terem pais, mas quando penso nele só me vem o sentimento de pena, sei lá. O Gregory foi o melhor para mim por ser tão devoto ao filho, aquele cara potencialmente era o mais puro de todos. Eu também fiquei meio com raiva da Jennifer por ter interpretado o final como se ela estivesse querendo levar apenas o Brown como lembrança do seu passado, mas eu joguei esse cenário indo direto ao ponto por burrice, não explorei direito e achei que não tinha nada para fazer por ali, que era só um encerramento mesmo. Mas depois eu vi um vídeo no youtube com o cara indo em todos os lugares possíveis nesse capítulo e fiquei mais tranquilo, na verdade, até feliz.



Posso dizer que gostei da Jennifer ter falado que queria ser como a Clara quando crescesse, relembrando que ela era muito prestativa e ajudava a cuidar das crianças, provavelmente tendo algum instinto materno (quem sabe ele não foi despertado pela gravidez?), o que pode apontar que a Jennifer chegou a mesma conclusão que eu como moral da história.

A moral da história que eu tirei foi algo como:

‘‘Cuide bem das suas crianças’’

Isso pode ser estranho, mas esse jogo só alimentou uma vontade minha de um dia adotar crianças. Eu sinto que estarei cumprindo um dever cívico, desviando elas de caminhos obscuros e de um possível ódio fundamentado contra a sociedade. Essas crianças devem sofrer muito, em especial as que envelhecem nesses lugares e veem a infância passando e a solidão sempre presente.

De fato, esse jogo teve grande efeito em mim, talvez por isso eu seja tão contra a sua censura e a perseguição muitas vezes equivocada. Sim, é um jogo bem pesado, mas que merece o meu respeito, os meus aplausos e que sinceramente tem o meu amor.

Pontos que eu não consegui encaixar no texto mas que quero citar

· Eleanor e Thomas sofrem de problemas parecidos: Eleanor aparentemente tem Asperger e Thomas é autista. Ambos carregam alguns traços destas doenças, como baixa interatividade social e pouco contato visual;

· Thomas também é o garoto com saco na cabeça que tranca algumas portas, te prendendo em armadilhas;

· Diz-se que Clara foi baseada em duas personagens da série Silent Hill, por algumas características semelhantes. A primeira é Angela, de Silent Hill 2, que sofria abusos do pai e possivelmente do irmão. E a segunda é a Lisa, do primeiro jogo da série. Relacionam Clara com Lisa pelo comportamento típico de enfermeira, pela melancolia do personagem e também pelo fato das duas se transformarem em monstros;

· No último capítulo do jogo, há um texto na lousa que fala sobre dois lados políticos: o Nazismo e a Democracia. Segundo algumas fontes, argumentos usados para a censura do jogo em alguns países seria devido à similaridade do sistema aristocrático que as meninas seguiam no orfanato e o Nazismo.


Date: 2015-12-17; view: 1353


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