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Psyché Homem

 
 

 


Então, o Gênesis diz: Os Elohim comunicaram à sua Z, a psyché. Comunicaram a sua vida espiritual à vida vegetal e animal, que já existia antes de nós, mas, não existia ainda a vida espiritual. E agora a vida vegetal e animal entram em conflito com a vida espiritual. Esta descrição dramática do Gênesis, em forma de parábola toma estas duas vidas; a vida nova de Zoé enxertada na vida antiga da psyché animal. Entra em conflito porque a psyché se revolta contra o advento duma vida nova, duma vida espiritual que ela não quer aceitar. Ela se revolta. Aí vem toda a descrição que Moisés faz dramaticamente sobre a luta entre as duas vidas. Entre a vida do animal e a vida espiritual. Não terminou até hoje. Nós estamos em plena psyché e Zoé até hoje.

Bem, é bom dizer que estas duas palavras ocorrem sempre aqui na Septuaginta grega. A Psyché da vitalidade e a Zoé da espiritualidade. Outra palavra que ocorre logo, paradeisos, que nós chamamos paraíso e que o latim chama paradisus, quer dizer, viveiro. Bom, paraíso é viveiro, paradeisos, em grego. Outra palavra que ocorre no Gênesis é Éden. Nós sempre pensamos que o Éden fosse um jardim bonito, muito bem plantado. Uma espécie de sítio cheio de árvores, e que Deus pôs o homem no Éden. O Éden não é nenhum lugar. O Éden quer dizer gozo, em grego. Hoje em dia se chama Hedoné. Os Hedonistas no tempo da escola de Epicuro, eram chamados os gozadores. E hoje em dia, quando o homem só pensa em prazeres, em gozos, dizem: é um hedonista.

Bem, em vez de hedoné, que é a palavra grega para gozo, o Gênesis usa a palavra Éden, que é uma abreviação disto aqui. Tirando o h (edoné) e pondo isto aqui, dá Éden. Então, o paraíso do gozo, isto é o viveiro do gozo... os Elohim colocaram esta nova creatura que tinha recebido o espírito de Deus, dentro dum viveiro. Notai bem, isto está no Gênesis. Os Elohim depois de crearem o espírito humano, colocaram-no dentro do Paradeisos –Éden, isto é, no viveiro do gozo.

E todo mundo pensa que o viveiro do gozo é um lugar muito bonito, uma chácara, um sítio, mas, o Gênesis não supõe que isto seja um lugar. Ele supõe que era o corpo humano. Colocaram o espírito divino dentro do corpo humano e o corpo humano é chamado, o viveiro do gozo. Não se esqueçam disto. O corpo humano no Gênesis é chamado por Moisés o viveiro do gozo, o paradeisos, Éden, em grego.

A Vulgata latina que traduziu do grego, 200 anos depois de Cristo, não usa a palavra Éden. Põe sempre gozo em vez de Éden. Fez muito bem, porque Éden não é palavra latina. É palavra grega. Então a Vulgata que é latina, diz: “Os Elohim puseram o homem no viveiro” – diz voluptatis, em latim. No viveiro do gozo, no viveiro do prazer. No viveiro de delícias. Paraíso é viveiro e Éden é gozo. No paraíso do gozo, ou viveiro do gozo.



Então, continuando, Moisés diz: E quando o espírito tinha sido colocado no viveiro do gozo, os Elohim disseram: “Neste viveiro há duas árvores, uma é a árvore do conhecimento do bem e do mal, e a outra é a árvore da vida.” Está lá. no Gênesis. Duas árvores estavam no meio do viveiro, no meio do paraíso do gozo. Uma árvore era a árvore do conhecimento do bem e do mal e a outra árvore era a árvore da vida eterna. Agora nós sempre pensamos que eram duas árvores, uma árvore plantada aqui e outra, plantada lá.

Moisés não fala absolutamente de árvores. O que é que ele chama árvores? Duas faculdades do corpo humano. Uma faculdade material e uma faculdade espiritual, ele chama árvore. Vamos ver se podemos descobrir o sentido das duas árvores. Então, o Gênesis diz que as duas árvores, ambas estavam plantadas no meio do viveiro. Quer dizer, as duas árvores estavam plantadas no meio do nosso corpo, porque o viveiro é o nosso corpo. Não é nenhum lugar geográfico. É o nosso corpo que é o viveiro da alma.

A nossa alma foi plantada dentro do viveiro do nosso corpo. E no viveiro do nosso corpo, as duas árvores, uma embaixo e outra bem em cima, mas, ambas estão no centro. Não podia estar no mesmo lugar, mas pode estar na mesma linha vertical. Isto é o que Moisés quis dizer. Agora vamos ver se descobrimos as duas árvores de que fala Moisés. A mais misteriosa é sempre a árvore do conhecimento do bem e do mal.

Tem-se escrito uma literatura inteira, há dois mil anos, para saber o que Moisés quis dizer com a árvore do conhecimento do bem e do mal. Porque os Elohim disseram: “vós não deveis comer do fruto desta árvore”. É proibido comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. “E se comerdes do fruto desta árvore, morrereis”. Deveis comer do fruto da árvore da vida, mas não do fruto da árvore conhecimento do bem e do mal. E nós estamos boiando, o que Moisés quis dizer? Por que ele não falou mais claro? Bem, a gente não pode falar claro quando tem visões. Quem tem uma visão cósmica, e depois quer dizer aos outros o que ele viu, não pode dizer nada.

São Paulo teve isto, ele foi arrebatado ao terceiro céu e lá ele ouviu ditos indizíveis. Imagine! Ditos indizíveis! Paulo de Tarso! Ditos que ninguém pode dizer! Ele tentou dizer, mas não conseguiu dizer. E Jesus usa sempre a mesma coisa. O reino de Deus é semelhante a...Nunca diz o que o reino dos céus é. Nunca se pode dizer aos profanos o que é o reino dos céus. O místico que teve experiência do reino dos céus sabe o que é, mas, um bando de profanos que não teve vidências místicas, ouve e não entende nada. Então Jesus sempre usava parábolas. E Moisés usa parábolas dizendo: “Havia duas árvores no viveiro do gozo” , que é o nosso corpo.

Ambos dão gozo: A primeira árvore dá gozo e a segunda árvore também dá gozo. Mas, ele diz que os Elohim tinham proibido ao homem de comer do fruto da primeira árvore, que era a árvore do conhecimento do bem e do mal. Que é isto? Árvore do conhecimento do bem e do mal? Estava no meio do viveiro das delícias. No meio, portanto, no meio do corpo, mas, uma árvore estava no meio em baixo, e outra no meio em cima. Moisés faz claramente ver isto.

Vamos ver o que é a árvore do conhecimento. Esta palavra conhecer é uma palavra bíblica que ninguém compreende. A Bíblia constantemente usa a palavra conhecer quando fala de relações sexuais. Constantemente! Veja lá: Adão conheceu sua mulher e ela concebeu. Teve relações sexuais com ela e ela concebeu. Está no Gênesis, conhecer se chama isto, conhecer é ter relações sexuais.

E Maria no NT...no Evangelho, o anjo Gabriel aparece a Maria e diz: “-Serás mãe!” E Maria diz: “-Como é que vou ser mãe, eu não conheço varão?” “Eu não conheço homem, varão” está lá. Varão, homem na forma masculina, mas ela não conhecia José? Não era noiva de José? Como é que Maria afirma que não conhece homem?

Ela não quer dizer que não conhece mentalmente. Ela conhecia José, do contrário, não seria noiva de José. Ela quer dizer: “-eu não tenho relações sexuais com nenhum homem.” Isto está lá, no Evangelho. Ela usa a palavra conhecer, em vez de dizer: “-Eu não tenho relações sexuais com nenhum homem, e por isso não posso ser mãe”. Então, quando vem a resposta do anjo, aquele tal varão divino (Gabri é varão – El é Deus; varão de Deus, aquele que fez a anunciação)...

Quando o homem de Deus lhe explica que ela não precisa ter relações sexuais, mas, que ela será fecundada por uma vibração superior, a vibração do mais alto grau sobre ti, então, ela consente em ser mãe, mas, sem relações sexuais. Outra vez ela usa a palavra conhecer. Quer dizer, a árvore do conhecimento é a árvore da sexualidade.

A Bíblia usa constantemente conhecer em vez de sexo. Precisa saber disto, senão vocês não entendem nada. Então, os Elohim disseram: “Não deveis comer do fruto das coisas sexuais, porque o fruto disto dá corpo mortal,” mas, é evidente que pelas relações sexuais nós só podemos dar vida ao filho, mas, não podemos dar vida imortal. Ninguém pode criar um corpo imortal pelo sexo. Ele vive tantos anos e depois morre. E o nascimento e a morte, no Gênesis, são chamados o bem e o mal. Esta é a árvore do conhecimento do bem e do mal. O bem é o nascimento e o mal é a morte.

 

 

2a-PARTE

 

As relações sexuais somente dão vida temporária, não dão vida imortal. Nascer e morrer são os dois limites da vida criada pelo corpo masculino e feminino. Nenhuma relação sexual pode dar vida imortal. Isto não existe. Então, Moisés disse: “se comerdes do fruto do sexo sereis mortais, e vossos filhos também serão mortais”, mas os Elohim queriam que os homens fossem imortais. Aqui está o grande mistério. Os animais eram mortais. O animais não pode gerar uma prole imortal. E o homem que comeu apenas do fruto do sexo não pode gerar um filho imortal, mas, os Elohim queriam que o homem fosse imortal. Não somente no espírito, mas também no corpo. Nós sempre pensamos que imortalidade se refere somente ao espírito.

Não é verdade, o Gênesis sempre supõe que o corpo do homem seja imortal, mas, uma geração masculina e feminina não pode produzir um corpo imortal. Mas, o Gênesis quer que haja homens imortais. Depois vem, como é que o homem se pode fazer imortal, não só espiritualmente, mas também fisicamente imortal?

De vez em quando aparece no Antigo Testamento um homem imortal em corpo. Poucos aparecem aí. De Enoc, diz a Bíblia que ele nunca morreu. Ele foi transformado em outro corpo. De Elias, a Bíblia diz a mesma coisa. Ele foi arrebatado às alturas numa chama de fogo que eram nuvens de fogo e que o povo diz: “são rodas de um carro”. Interpretou as nuvens de fogo em que se transformou o corpo de Elias, dizendo: “foi arrebatado ao espaço por um carro de fogo

Era um fenômeno luminoso que transformou o corpo material num corpo astral. E o povo viu isto como um carro de fogo. De Moisés, a mesma coisa. Diz que quando Moisés tinha 120 anos, em plena juventude (a Bíblia insiste que Moisés nunca envelheceu, nem com 120 anos, 40 anos no Egito, 40 anos na Arábia, e 40 anos na peregrinação para a terra santa)...com 120 anos, ele subiu ao Monte Nebo, na fronteira de Canaã, olhou aquela terra que lhe tinha sido prometida e nunca mais voltou. E, nunca foi encontrado o corpo dele.

O que é que aconteceu com Moisés? Ele se astralizou, é claro. Ele se desmaterializou e transformou o seu corpo material num corpo astral. O corpo astral é um verdadeiro corpo, mas, é feito de pura energia. Não de energia congelada, que é matéria como diz Einstein, mas, de matéria descongelada que é pura energia. Astral quer dizer energia. Então, o corpo de Moisés se desmaterializou e se astralizou até hoje. Isto foi em 1500aC. E no tempo de Jesus ele reaparece. Quer dizer,e 1500 anos depois de se ter desmaterializado, Moisés aparece no Tabor, na transfiguração de Jesus. Aparece ele e outro imortal. Elias também aparece aí. E os 3 apóstolos que estavam lá, Pedro, Tiago e João viram Moisés e Elias flutuando no espaço, todos em corpos astrais, vivos, mas, não com corpo material. Eles viram neste momento os corpos astrais no Tabor. Isto a Bíblia conta: Enoc, Elias e Moisés já se imortalizaram na vida presente. Os seus corpos, não só os seus espíritos.

Será que isto, nunca mais aconteceu? É claro que aconteceu. Quem leu este maravilhoso livro de Paramahansa Yogananda, “Autobiografia de um iogue”... aquele Babaji, aquele grande iogue do Himalaia, lá da Índia, nunca morreu. Há trezentos anos que está aparecendo e desaparecendo. Desapareceu sem morrer. Desmaterializou seu corpo pelo poder do espírito. E às vezes ele reaparece, reúne seus discípulos lá no Himalaia, fica um mês inteiro com eles, dá instruções. Babaji... depois diz: “Agora chega, vou-me embora”. E de repente, ele se volatiliza, e não se vê mais nada dele. E depois de algum tempo, reaparece outra vez em corpo físico, em corpo material. Isto está lá escrito muito bem por Paramahansa Yogananda.

 

 

 

Babaji Conde de Saint Germain

 

E, na Europa, não acontece? No tempo da revolução francesa, eu tenho um livro inteiro sobre isto, vivia sempre nas cortes da França, um conde, o Conde de Saint Germain. Era um homem muito rico e eternamente jovem. Sempre aparecia com a idade de 40 a 45 anos. Sempre no mesmo aspecto de 40 a 45 anos. Muito rico, o Conde de Saint Germain dava-se muito bem com os reis e as rainhas da França; e preveniu que eles iam ser mortos e guilhotinados se não mudassem de regime. E nós sabemos o que aconteceu na revolução francesa. Todos os reis foram massacrados e as rainhas, Maria Antonieta e outras, guilhotinadas barbaramente; porque a realeza tinha acabado, e a democracia estava começando.

 

Isto foi em 1780, ou 90, por aí (Maria Antonieta foi morta em 1793). Faz quase 200 anos agora. Lá vivia o Conde de Saint Germain. Falava com as rainhas e com os reis. Era muito rico. Usava muitas jóias, diz o texto. Ele fabricava jóias pelo poder mental; magia mental era coisa conhecida de Saint Germain. Quando ele queria ouro ele fazia ouro. De qualquer material ele fazia ouro. Alquimia mental. Quando ele queria um diamante ou um brilhante precioso, ele fazia de qualquer substância, sobretudo de carvão. E quando ele queria pedras preciosas Saint Germain fazia. Ele andava muito bem vestido. Usava muitas pedras preciosas, mas não era apegado.

Quando alguém queria, ele dava imediatamente, de graça, qualquer pedra preciosa, qualquer diamante, qualquer jóia, ele dava. Era muito liberal. Ele tinha um poder imenso de fazer jóias. Ele aparecia sempre nas cortes e preveniu os reis e as rainhas da França que mudassem de regime, porque estavam na véspera de uma grande catástrofe. Ele sabia da revolução francesa que foi uma coisa bárbara. Ele falava 12 línguas, correntemente, sem nunca ter aprendido nenhuma. O francês dele era com acento piemontês O Piemonte fazia parte da França. Ele tinha um ligeiro sotaque piemontês, quer dizer, ele devia ter nascido no Piemonte.

Ele falava 12 línguas, inclusive o português, perfeitamente, sem sotaque. Qualquer língua que ele falava, ninguém podia saber que não era a língua dele. Até falava sânscrito, falava grego, hebraico, até falava latim. 12 línguas, Saint Germain falava correntemente. Pouco depois, no tempo de Napoleão Bonaparte, ele apareceu pela ultima vez, na Europa, 1825, parece que foi, e disse: “Eu me vou retirar para a Ásia, para o Himalaia, e voltarei só nos piores dias da humanidade do ocidente.” Ainda não voltou, está esperando dias piores, no fim deste século. Está profetizado que no fim deste século terá uma grande conflagração mundial. E o Saint Germain diz: “Eu voltarei quando o ocidente tiver nos seus piores dias.” Este homem nunca morreu. Há 200 anos que ele está desmaterializando e materializando seu corpo.

Quer dizer, isto de ter corpo imortal, não é só da Bíblia, não é só do Antigo Testamento. Jesus também tinha corpo imortal. Quando o queriam matar, ele não dava licença. Dizia: “Não, não...meu tempo ainda não é chegado. Ainda não é chegado o meu tempo para morrer.” E no fim ele disse: “Agora, eu vou ser preso, eu vou ser morto, mas, ninguém me tira a vida. Eu deponho a minha vida quando eu quero e retomo a minha vida quando eu quero.” Ele fez mais do que transformar o seu corpo. Ele permitiu que seu corpo fosse destruído. Ele disse: “Destruí este templo do meu corpo, e, em 3 dias eu vou reedificá-lo

Ele o fez. Permitiu ser destruído para poder reconstruir o seu corpo. Isto é mais que transformar. Os outros transformaram o seu corpo, sem morrer: Enoc, Elias, Moisés, Babaji, Saint Germain e provavelmente muitos outros que nós não sabemos. Jesus disse: “Não, vou fazer mais do que isto. Eu vou permitir que seja destruído o meu corpo e vou reconstruí-lo quando eu quero

Isto é o poder do espírito que era prometido no princípio da humanidade, se eles não comessem do fruto do conhecimento do bem e do mal; porque esta árvore, não dá vida eterna ao corpo, mas, se eles comessem duma outra árvore, então, eles teriam a vida eterna. E que outra árvore era isto? Esta outra árvore chamada árvore da vida. E, estava no meio do viveiro de gozo. No meio estão os órgãos sexuais (embaixo), e no meio está o ultimo chakra, aqui (em cima). Isto é a árvore da vida.

Os hindus sabiam muito bem disto. Quer dizer, as duas árvores estão no meio do corpo: A árvore do conhecimento do bem e do mal é a árvore do sexo, que não dá vida eterna. Só dá vida temporária, de pai para filho, e, depois acaba tudo. E de filho para neto e bisneto, e assim por diante. Mas, é uma sucessividade de vidas, não é uma vida simultânea. Contínua. É uma sucessividade. Diversas vidas que vêm daquela árvore do conhecimento do bem e do mal. É como Moisés chama relações sexuais. O bem é o nascimento e o mal é a morte.

Mas, a árvore da vida não tem nascimento nem morte. Tem somente viver. Nascer e morrer vêm da árvore do conhecimento do bem e do mal. Viver sem nascer, nem morrer, diz Moisés, vem daquela outra árvore que está no meio dum viveiro do gozo, mas, não do mesmo lugar; porque está justamente no sentido oposto, mas está no meio. Uma linha vertical através disto dá exatamente o que Moisés disse.

E árvore da vida, o que é isto?

Escute, eu já expliquei uma vez, que nós temos na coluna vertebral, 6 centros de consciência energética, desde o primeiro, embaixo, até o segundo ou terceiro. Eles fazem parte da árvore do conhecimento do bem e do mal. E depois do coração para cima, nós temos mais 3. Do coração, a altura da laringe. E, depois atrás, no cérebro, são 6. E vem o 7o- aqui na base da testa que os hindus chamam, o olho de Shiva. O olho de Shiva é da base da testa, entre as sobrancelhas, onde convergem todos os nervos mais sensíveis que partem da parte traseira do cérebro, estão em contato com a coluna vertebral, e produzem o mais alto grau de consciência. Isto é o olho de Shiva, na filosofia oriental. O olho do Cristo na nossa filosofia. E, no Evangelho se chama isto o olho simples.

Nunca ninguém compreendeu aquelas palavras de Jesus: “O teu olho é a luz do teu corpo.” Todo mundo traduz: “Os teus olhos.” Não está lá- os teus olhos, no plural. Não são estes dois olhos que fazem parte do corpo. Quando Jesus diz: “O teu olho”, no singular, ele se refere a este centro da consciência espiritual: “O teu olho é a luz do teu corpo.” Quer dizer, a minha consciência espiritual pode dar luz a meu corpo. A luz é imortalidade. A minha consciência espiritual pode imortalizar o meu corpo. Isto está lá no Evangelho, há 2000 anos: a minha consciência espiritual.

Se eu intensificar a minha consciência espiritual, eu posso transformar o meu corpo material num corpo astral, sem morrer, e se eu quiser, eu posso até deixar destruir o meu corpo material e reconstruir o meu corpo material. Jesus o fez. Os outros fizeram a transformação do seu corpo. Já é muita coisa. Nós nem conseguimos isto, mas Jesus fez mais do que transformar. Permitiu a destruição, porque se nós conscientizássemos a nossa entidade espiritual, a nossa identidade com o espírito, nós teríamos o poder de nos imortalizar, em corpo. E também nós nunca teríamos doença, porque se o corpo está lucificado pelo olho simples (a luz não conhece doenças, não existe luz doente, existe matéria doente), se eu pudesse lucificar o meu corpo, penetrar como um cristal pela luz da minha consciência espiritual, nós não teríamos doenças.

As doenças vêm por falta de lucificação do nosso corpo. Nós não temos consciência espiritual suficiente para podermos imunizar o nosso corpo de qualquer doença. E por isso, a qualquer momento estamos doentes. As doenças não fazem parte da natureza humana. As doenças são falta de consciência espiritual. Jesus nunca esteve doente. Nunca se fala de nenhuma doença de Jesus. Moisés nunca esteve doente, viveu 120 anos, nunca se menciona uma doença de Moisés. Quer dizer que ele já estava num alto grau da consciência espiritual.

Então, temos as duas árvores: a árvore do conhecimento do bem e do mal e a árvore da vida. Eu desenhei rapidamente. Aqui a linha vermelha- daqui para baixo é a árvore do conhecimento do bem e do mal. Atravessa os órgãos sexuais aqui. Está no meio do corpo, embaixo. Aqui, na outra linha vermelha, passa aqui através das sobrancelhas, está a árvore da vida. O Gênesis fala das duas árvores: “Se comerdes da árvore do conhecimento do bem e do mal, sereis mortais.” Não vivereis eternamente, em corpo, mas, “se comerdes do fruto da árvore da vida”, daqui para cima, “então sereis imortais”.

Mas, infelizmente, o Gênesis acrescenta que esta árvore da vida está defendida pelos Querubins, e não é acessível a qualquer pessoa. Nós ficamos desanimados, porque nós gostaríamos tanto de entrar na árvore da vida. Então o Gênesis diz; “Bem, por enquanto a árvore da vida” que é aquela para cima “está vedada, está defendida pelos Querubins.” Quem são os Querubins? Os Querubins são os anjos da imortalidade. Em toda a Bíblia quando se fala de Querubim, se fala de entidades imortais em corpo. Entidades não humanas, mas entidades extra-humanas. E diz o texto: “A árvore da vida está sendo defendida pelos Querubins”, e usa mais uma palavra, “e pela lâmina do fogo vibratório.” Entendam isto! Pela lâmina do fogo vibratório.

Agora, quando entramos um pouco na filosofia da Índia, encontramos a mesma expressão, que eles chamam, agni, que quer dizer fogo. Agni é a expressão sânscrita para ígneo. Ignis, em latim, fogo.E, Moisés usa a mesma expressão. A Vulgata traduz, uma espada flamejante e vibratória. Uma espada flamejante e vibratória está protegendo a árvore da vida eterna. Mas a melhor tradução que eu consegui tirar da Septuaginta (grego): Uma lâmina (não é bem espada), uma lâmina de fogo em vibração.

Vocês estudam um pouquinho a filosofia oriental, e vamos descobrir o seguinte: Aqui estão o 1o, o 2o, o 3o , o 4o,o 5o e o 6o chakras. Toda a filosofia oriental diz: Os chakras entram em grande vibração na proporção que aumenta a nossa consciência. Este chakra embaixo, quase está parado, quase não tem vibração, o 1o. O 2o tem uma ligeira vibração, mas muito vagarosa. O 3o já tem mais. E aqui vamos subindo de vibração em vibração. E diz o texto, quando chegamos ao último chakra, ao último centro de consciência, que é aqui na base da testa, estão umas vibrações vertiginosas. E lança suas vibrações para o alto da cabeça onde é o fim do cérebro, e se transforma no lótus de 1000 pétalas.

É claro que não tem pétalas verdadeiras, é uma parábola; transforma-se numa vibração que parece milhares de chamas de uma flor de lótus que tem muitas pétalas. Esta comparação que a filosofia oriental usa, e Moisés diz: “esta árvore da vida está defendida por uma lâmina de fogo vibratório.” Tudo é a mesma coisa, que se diz na Índia.

Quer dizer, se nós chegássemos ao zênite de nossa consciência espiritual e conscientizássemos na base da testa, no olho simples, “Eu sou espírito,eu e o Pai somos um, o Pai está em mim e eu estou no Pai.” São palavras do Evangelho. “E as obras que eu faço não sou eu que as faço, é o Pai que em mim está quem faz as obras”. Se nós conscientizássemos isto, nós íamos subir até a árvore da vida. Não só da vida eterna para a nossa alma, mas também a vida eterna para o nosso corpo; porque o Gênesis não diz que o homem é só imortal na alma. Ele diz que ele deve imortalizar-se também no seu corpo. Ele não deve perder o seu corpo. Ele deve transformar o seu corpo pela luz do seu espírito. “O teu olho é a luz do teu corpo. Se teu olho for simples, todo o teu corpo estará em luz, mas se o teu olho for mau, todo o teu corpo estará em trevas.” Trevas são a morte. Luz é a vida.

Quer dizer, tanto o Gênesis como o Evangelho afirmam que o homem pode imortalizar o seu corpo. Nós não o fazemos na vida presente, mas como nós não vamos morrer na hora da morte, mas o nosso espírito continuará a viver, em corpo astral, algum dia é certo, que nós devemos imortalizar o nosso corpo. Não pela reencarnação, que é apenas um regresso, mas pela evolução superior da nossa consciência. Em qualquer zona do Universo, nós podemos imortalizar também o nosso corpo. Não é preciso que seja o corpo físico, porque os que transformaram o seu corpo físico em corpo astral também não têm corpo físico. Têm corpo astral, mas o corpo astral também é corpo. E ele também pode ser mortal, mas nós podemos imortalizar o corpo astral.

Todos estes problemas profundos estão desde o Gênesis nos nossos livros sacros, mas é preciso entender de outro modo. Como nós costumamos interpretar tudo infantilmente, como quem em escola primária... Vamos entrar um pouco na Universidade do espírito, para compreendermos estes grandes livros que os homens geniais da humanidade escreveram.


Date: 2016-01-14; view: 767


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